O poder do amor para a felicidade


Começamos a discutir, na semana passada, as competências sociais, também conhecidas como inteligências interpessoais na definição de Gardner. Apresentamos na postagem Relacionamentos:A busca por uma conexão com o outro uma introdução ao conceito de empatia, destacando sua necessidade na construção de uma compreensão mais profunda que possibilite a comunicação.

Antes de seguirmos para o processo de comunicação, gostaria de reforçar a importância do desenvolvimento da empatia como ferramenta psicológica necessária a todos nós. Durante décadas a busca pelo autoconhecimento vem sendo valorizada. Diversas práticas ajudam nessa busca, como a meditação, o yoga, a psicoterapia, etc. Apesar da urgência para ampliarmos o autoconhecimento, base para qualquer evolução de consciência, tornou-se bastante claro, ao meu ver, que essa iniciativa fica incompleta sem que busquemos uma evolução no processo de entendimento do outro.

Somos, por natureza, seres gregários. Nossa espécie, apesar de suas muitas fragilidades, só sobreviveu porque nos unimos em grupos nos quais um defendia o outro. Essa natureza parece também importante quando o assunto é a felicidade. Como imaginar um ser humano completo sem relacionamentos? Mesmo os grandes mestres retornaram ao convívio após um período de meditação e busca interior. A nossa felicidade não é plena se não conseguimos disseminar e receber amor. Por mais brega que isso possa parecer, o convívio, o amor entre as pessoas, a amizade, formam a base para uma saúde mental necessária ao que chamamos de felicidade.

Essa compreensão permite uma mudança interior profunda e pode ser refletida em um mundo externo bastante diferente do atual. Quando empresários compreendem essa natureza, a tendência às atitudes oportunistas e prejudiciais à sociedade diminuem. O mesmo ocorre com o nível excessivo de competição interna no ambiente de trabalho, que leva ao adoecimento das pessoas. Quando percebemos que a felicidade não se restringe à conquista individual, mas depende do compartilhamento de felicidade pelo grupo, colocamo-nos mais dispostos a trabalhar realmente como uma equipe, um organismo único.

Embora pareça utópico, é possível pensarmos nessa evolução da empatia nos ambientes políticos, religiosos e empresariais. Essa compreensão do outro sem a sombra do preconceito tem o poder de revolucionar nossa realidade, fortalecendo vínculos e criando um ambiente mais fértil para discutirmos a construção de um presente e um futuro melhores.

Comentários

Postagens mais visitadas