Vivendo na Cultura do Descontrole
Estamos, constantemente, buscando um maior equilíbrio em nossas
vidas, seja no aspecto profissional, familiar, amoroso, físico ou financeiro.
Intuitivamente, sabemos que esses equilíbrios são aspectos do nosso próprio
equilíbrio emocional para lidar com as diferentes pessoas e situações que
aparecem em nossas vidas cotidianas. Apesar disso, o que mais vemos são pessoas
reclamando, exatamente, por não conseguirem alcançar esse estado. Mas qual o
motivo de toda essa dificuldade?
Ao refletir sobre o tema, percebemos que, apesar de ser um
equilíbrio desejado, vivemos uma realidade que vai na contramão disso. Uma
cultura estabelecida que valoriza e reproduz o descontrole emocional como
símbolo de felicidade, sucesso e originalidade. Se prestarmos atenção,
acreditamos que, por exemplo, a felicidade deve ser expressa por meio de
gritos, gestos desconexos e, em alguns casos, bebedeira. Caso isso não aconteça,
pensamos que não há felicidade ou que a pessoa é fria, sem sentimentos. Isso é
o reflexo de uma cultura na qual o exagero, em princípio. é mais verdadeiro do
que o discreto.
Essa cultura, cujas origens discutiremos em outra oportunidade, influencia nossa
formação desde que somos crianças. Quais são as crianças mais festejadas?
Aquelas que são extrovertidas e faladoras. Se imitarem algum artista de forma
bastante descontraída e exagerada então, como resistir? Essa educação para o
excesso continua durante toda a nossa vida. Você já deve ter ouvido a
frase Quem não tem ciúmes, não ama!, certo? Mais uma prova de que o
descontrole é representativo de boas emoções em nossa cultura. São muitos os
exemplos dessa realidade.
Para
alcançarmos o equilíbrio, temos que desconstruir essa crença estabelecida e
começar a ver as situações como realmente são e não de uma forma romantizada.
Os crimes passionais correspondem a cerca de 10% dos homicídios no Brasil, e
isso está longe de ser pouco. Experimentar uma paixão é maravilhoso. Um
conjunto de emoções que leva a reações químicas e biológicas de extremo prazer.
Mas quando sequer temos consciência, mesmo que posterior, desse processo e de
como ele pode nos afetar, como transformá-lo em algo saudável, positivo e
harmonioso? Desenvolver a nossa percepção quanto às nossas emoções e
sentimentos é o primeiro passo para uma vida mais feliz. O descontrole é lindo
nas telas da TV ou do cinema, mas pode levar a uma realidade muito distante da
que tanto sonhamos.
Estamos, constantemente, buscando um maior equilíbrio em nossas vidas, seja no aspecto profissional, familiar, amoroso, físico ou financeiro. Intuitivamente, sabemos que esses equilíbrios são aspectos do nosso próprio equilíbrio emocional para lidar com as diferentes pessoas e situações que aparecem em nossas vidas cotidianas. Apesar disso, o que mais vemos são pessoas reclamando, exatamente, por não conseguirem alcançar esse estado. Mas qual o motivo de toda essa dificuldade?
Ao refletir sobre o tema, percebemos que, apesar de ser um
equilíbrio desejado, vivemos uma realidade que vai na contramão disso. Uma
cultura estabelecida que valoriza e reproduz o descontrole emocional como
símbolo de felicidade, sucesso e originalidade. Se prestarmos atenção,
acreditamos que, por exemplo, a felicidade deve ser expressa por meio de
gritos, gestos desconexos e, em alguns casos, bebedeira. Caso isso não aconteça,
pensamos que não há felicidade ou que a pessoa é fria, sem sentimentos. Isso é
o reflexo de uma cultura na qual o exagero, em princípio. é mais verdadeiro do
que o discreto.
Essa cultura, cujas origens discutiremos em outra oportunidade, influencia nossa formação desde que somos crianças. Quais são as crianças mais festejadas? Aquelas que são extrovertidas e faladoras. Se imitarem algum artista de forma bastante descontraída e exagerada então, como resistir? Essa educação para o excesso continua durante toda a nossa vida. Você já deve ter ouvido a frase Quem não tem ciúmes, não ama!, certo? Mais uma prova de que o descontrole é representativo de boas emoções em nossa cultura. São muitos os exemplos dessa realidade.
Para
alcançarmos o equilíbrio, temos que desconstruir essa crença estabelecida e
começar a ver as situações como realmente são e não de uma forma romantizada.
Os crimes passionais correspondem a cerca de 10% dos homicídios no Brasil, e
isso está longe de ser pouco. Experimentar uma paixão é maravilhoso. Um
conjunto de emoções que leva a reações químicas e biológicas de extremo prazer.
Mas quando sequer temos consciência, mesmo que posterior, desse processo e de
como ele pode nos afetar, como transformá-lo em algo saudável, positivo e
harmonioso? Desenvolver a nossa percepção quanto às nossas emoções e
sentimentos é o primeiro passo para uma vida mais feliz. O descontrole é lindo
nas telas da TV ou do cinema, mas pode levar a uma realidade muito distante da
que tanto sonhamos.
👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirObrigado, tio!
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