A revolução pelo outro
Apesar de ter um grande peso, o
foco exagerado na carreira não é o único fator que nos consome o precioso
tempo. Com o crescimento das tecnologias, principalmente as móveis, há um
aumento no tempo gasto interagindo com os aparelhos. Seja jogando ou interagindo
nas redes sociais, o tempo utilizado frente aos smartphones é cada vez maior. Não
adianta negar o novo! Mas, com certeza,
devemos refletir sobre seus efeitos.
Como desenvolver a empatia se não
temos tempo sequer para vivermos nossa vida plenamente? Essa escassez de tempo diminui
a possibilidade de prestarmos atenção aos outros. Não existe empatia se não
tiramos o foco, mesmo que momentaneamente, de nós mesmos e colocamos no outro. Quantas
vezes paramos com um conhecido na rua e, mesmo durante uma curta conversa,
ficamos pensando em tudo o que temos que fazer e nem mesmo escutamos o que o
outro está dizendo? Não há como compreender o ponto de vista e os sentimentos
de alguém se não conseguimos, ao menos, ouvi-lo atentamente.
Nosso futuro depende dessa
mudança. Nosso futuro pessoal, uma vez que as profissões mais valorizadas serão
aquelas que demandam interação social, e nosso futuro como civilização, pois
nenhuma civilização resiste à falta de tempo para refletir. A proposta que
trago é simples e difícil ao mesmo tempo. Vamos exercitar a atenção ao outro.
Vamos tirar um tempo, por menor que seja, para olhar os outros e perceber tudo
que conseguirmos. Olhares, feições, postura, palavras. Tenho convicção de que
uma revolução pessoal começa por aí!
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